estes foram dos produtos mais elogiados em 2016, e com bons motivos.
no entanto, muitas vezes somos arrastados pela onda do “tenho de ter”, e há que dar um passo atrás para recuperar a perspectiva. não só por causa dos preços, mas porque pequenos pormenores pouco conhecidos podem espoletar a justificação da compra ou o pô-la de parte.
“A sentir a carteira mirrar” . Foto de Sara Guia de Abreu
Não é fácil, no mundo das Sephoras e Perfumes & Companhia, encontrar pequenas lojas com marcas interessantes que não tenham aquela onda anos 90 da perfumaria atulhada de expositores onde as nossas mães iam (em podendo) comprar o batom e o perfume para o ano, forrada a espelhos com prateleiras e impossibilitando uma exploração sossegada. O conceito de lojinha de luxo também me dá arrepios — começo logo a pensar no pessoal com a arrogância da Sephora do Chiado (a sério, fazem castings para escolher quem faz a estereotipização mais rápida com base na roupa, revira os olhos com mais ar de enjoado, e açambarca amostras que deviam dar aos clientes para aquela loja específica? Filhotes, é só uma Sephora portuguesa bem localizada), e nos preços exorbitantes da Loja das Meias.
Gosto de explorar novas lojas e venho relatar-vos a minha mais recente experiência. Há-de haver quem já tenha feito entrevistas aos donos e tenha fotografias todas pimp, e tenha recebido tratamentos ou produtos de borla para experimentar, mas eu prefiro falar da experiência de utilizadora comum, anónima, a quem não são dados quaisquer privilégios só porque tem um blog ou é famoso.
Já passei muitas vezes à porta da Skin Life, já visitei muitas vezes o site deles, mas nunca cheguei a entrar.
Achava sempre que não ia gostar da onda “sou do Chiado, tenho marcas exclusivas, portanto sou importante e melhor do que tu”. Sim, sou vítima, mas também culpada de preconceito.
Um dia deu-me a louca e entrei.
A loja é pequena, mas é arejada. É a melhor forma de explicar. A decoração é impecável, há espaço para circular, a quantidade de produtos não se torna numa nuvem de ruído visual, a variedade de marcas que não se encontram cá em loja é muito interessante — há velas, produtos de corpo, de pele, e maquilhagem. Também fazem makeovers e tratamentos de pele, por marcação.
A iluminação é muito bonita, só não diria que é perfeita para testar cores de base. No entanto, têm um canto com um espelho iluminado onde, presumo, também fazem makeovers a pedido. E é só sair para ter luz natural.
Os empregados são muito simpáticos MAS não perseguem a pessoa. E aí conquistaram-me. Fui cumprimentada com um “boa tarde” educado mas sem o scan cima-baixo-deixa-ver-se-tens-ar-de-pobre. Ou, se o fizeram, esperaram que eu estivesse distraída, o que é porreiro.
Eu não estava vestida “à Chiado” — nem naquele dia nem sem ser para fazer alguma personagem —, e isso não devia importar, mas todos sabemos que é um factor importante lá na cabeça de alguns empregados de algumas lojas. Também não estava maquilhada por aí além. Mas não me senti julgada.
Estava uma figura pública na loja — nitidamente cliente regular — e a conversa era muito casual e divertida sem ser reverente, mas quando me dirigiram a palavra não me senti mais nem menos do que a dita pessoa. E isso é bom, somos todos pessoas.
Depois de me dizerem que, se precisasse de ajuda, era só chamar, deixaram-me em paz a explorar a loja sem me tentarem contar a história da cosmética a cada produto em que pegasse. OBRIGADA.
Presumir que sabem o que a pessoa quer, que sabem mais sobre certos produtos do que quem entrou na loja, ou que venderão mais se andarem a perseguir o cliente são coisas que me incomodam de sobremaneira. A cena de entrar para comprar um corrector de olheiras e enfiarem-me 5 sombras, 3 pincéis e 4 bases no cesto não funciona comigo e normalmente saio sem comprar nada. Ou, se estou com tempo, começo a falar com a pessoa de ingredientes, tipos de aplicação e marcas que não há em Portugal e começo a ver a alma da pessoa a mirrar. Pode soar snob, mas funciona quando nos acossam.
Experimentei uns testers e deambulei calmamente pela loja. Quando finalmente cedi à minha própria impulsividade, a senhora a quem pedi o produto foi buscá-lo diligentemente e perguntou simplesmente se eu já conhecia ou se precisava de ajuda para a aplicação. Prestável mas sem peneiras. Cinco estrelas. Tenho a certeza de que se tivesse alguma dúvida tinha efectivamente conseguido o esclarecimento de que precisava.
Os preços, comparativamente com lojas online onde compro deste tipo de marcas com frequência, são um pouco mais altos — o normal para produtos importados, especialmente se exclusivos dum só espaço. Nada como comparar preços e entender se o imediatismo de sair da loja já com o produto vale a pena. Há quem não goste de esperar por encomendas, e quem não confie na internet.
Há testers de tudo e os preços estão expostos. Discretamente, mas estão lá.
Também têm loja online — o site em mobile precisa de ajustes, mas tudo é consultável.
No geral, fiquei muito bem impressionada com a loja e com a experiência simples de a explorar.
Aconselho uma ida à Skin Life, nem que seja para lavar a alma de preconceitos e encher os olhos com coisas bonitas.
Skin Life . Rua Paiva de Andrade, 4–4A, Chiado, Lisboa
E pronto, cá têm o artigo que vai mudar a vossa vida desta semana. na próxima há mais!
Eheh, agora a sério
alguns dos meus tesouros. deixo-vos alternativas mais acessíveis neste post
não sei se vos acontece o mesmo, mas eu tenho aquele tipo de pele que fica muito desidratada no inverno (frio, ares condicionados, aquecimentos, etc.) — 3 ou 4 horas depois de começar a trabalhar já sou só uma passa engelhada cheia de peles secas e rugas e o brilho já era. MAS não posso barrar-me com hidratante de manhã: fico uma banheira de óleo sem retorno, simplesmente escorre por mim abaixo e leva a minha maquilhagem atrás. raisparta que, apesar de desidratada, a minha pele bebe a hidratação aos golinhos como se tivesse nojo do copo, mas depois engole-me a base como uma garganeira. pareço eu com sopa e chocolates, respectivamente.
além disso, no que toca ao tratamento de pele, eu tenho um esquema, um sistema (anti-oxidantes de manhã, retinóides à noite), por isso acabo por não encontrar onde encaixar aquela dose extra de hidratação sem sentir que estou a diluir o efeito dos produtos espectaculares e estupidamente caros. ainda por cima, à noite, se ponho uma boa dose de creme hidratante, a minha cara cola-se à almofada e consigo ouvir 10€ de produto a hidratar o algodão da fronha (não a minha, a da almofada).
tive de arranjar umas maneiras de dar a volta à situação, e estas têm resultado comigo:
Acrescentar um novo momento de tratamento ao fim do dia de trabalho Quando chego a casa e tenho pelo menos 4 ou 5 horas até ir para a cama, altura em que faço a minha rotina da noite. A minha pele já levou porrada dos suspeitos do costume.
Por isso, em vez de deixar tudo para a noite, faço a minha limpeza dupla mal chego, usando um bálsamo mais espesso depois de retirar a maquilhagem. Passo o tónico esfoliante como de costume e depois aplico um óleo nutritivo e uma boa camada (quase como se de uma máscara se tratasse) de creme hidratante.
À noite, só tenho de fazer uma limpeza rápida e estou pronta para o meu tratamento habitual.
Se tiver pachorra, antes do óleo/hidratante faço uma máscara, habitualmente do tipo regenerador/esfoliante.
Andar com hidratação na mala Uma boa bruma hidratante em spray não tem de custar um rim, é fácil de levar na mala e não destrói a maquilhagem (se a estiver a usar). Tirar 10 segundos depois daquele telefonema de trabalho irritante para arrefecer é mais fácil com umas borrifadelas de uma bruma hidratante, e a pele agradece. Alivia, dá saúde, e pode repetir-se as vezes que apetecer ao longo do dia.
Se noto que estão a aparecer montículos de peles secas e a minha maquilhagem está a começar a ficar pastosa e seca (portanto diariamente a meio do dia de trabalho), também aplico com pancadinhas (sem esfregar) um bocadinho de creme hidratante nessas zonas e nos pés de galinha que se fincam ao largo dos olhos com o passar do dia. Basta decantar o nosso preferido para um potezinho de viagem, ou usar uma daquelas amostras que nos deram na Sephora — ou que talvez tenhamos recebido na Beauty Box da Look Fantastic e ainda não tivemos hipótese de experimentar.
Quando estou em casa tenho sempre um hidratante ao pé do computador ou na sala para ir re-hidratando a pele ao longo do serão, se a sinto a secar. A preguiça aguça o engenho, já dizia não sei quem.
Proteger a pele no banho É no inverno que tomamos aqueles banhos e duches a temperaturas que derreteriam o mais gélido dos corações. A nossa pele sofre e o grito de ajuda ouve-se plenamente quando saímos da banheira e a pele está seca e toda esticada, prestes a rebentar pelas suas delicadas costuras. Baixar a temperatura da água não é uma hipótese, eu tenho sempre muito frio.
Já falei disto de passagem num dos meus vídeos, mas eu gosto de usar um dos meus cleansers mais espessos (porque adere à pele e não se dilui com alguns borrifos de água) como uma espécie de barreira protectora. Antes de entrar no duche aplico uma boa camada de bálsamo de limpeza, e tento manter a cara fora do alcance da água (a pose chama-se “Orgulhosa de costas para a água”). Quando termino, é só retirar o que sobra do cleanser com um paninho húmido como de costume e a minha pele não está em modo Alerta Vermelho.
Esfoliar Quando está chuvoso e nublado é quando eu faço o maior festim das maravilhas dos ácidos Glicólico e Láctico para corroer as células mortas e estimular a regeneração da pele, sem estar tão preocupada com a exposição solar no dia seguinte. Normalmente uso um dos ácidos como o único tratamento antes de ir dormir durante umas 5 noites seguidas uma vez por mês, e a minha pele agradece o empurrão. Nunca se esqueçam de usar algum tipo de SPF, ou ela dá-vos um valente coice.
O ácido Láctico é mais suave do que o Glicólico, portanto é encontrar um à medida das necessidades.
Além disso, gosto de esfoliar fisicamente a minha pele um par de vezes por semana, seja com uma escova vibratória ou com um esfoliante à antiga, e adoro os resultados imediatos — com meiguice, sempre. Nunca o faço quando estou a tratar a pele com os ácidos.
No que toca a maquilhagem, mudar para cremes! Substituir o bronzeador, contorno, blush e iluminador por versões em creme e usar um pó ligeiro apenas se e onde for mesmo essencial faz toda a diferença.
Os cremes são muito fáceis de esbater na pele e têm um acabamento mais fresco e iluminador da pele — e ganha pontos porque se pode aplicar tudo com os dedos e só precisamos de uma esponja ou pincel para esbater no fim, borrifar um spray fixador e ala que se faz tarde!
procedamos ao desencaixotamento da Beauty Box da Look Fantastic deste Janeiro invernoso. uma caixa que demorou o seu tempo a chegar, desta vez. já agora, fiquem para saber o que achei dos produtos do mês passado.
cá estou eu, de cabelo mais curto, para vos apresentar os meus preferidos de 2016. foi complicado reduzir a lista, muita coisa boa ficou de fora, mas estou contente com esta selecção.
fico agora em pulgas para saber das vossas grandes descobertas de 2016.
Este post não é sobre nenhum romance pseudo-erótico.
É para fazer um anúncio todo armado ao ano novo.
Já tinha esta surpresa na calha há algum tempo, mas calhou fazer acontecer agora: finalmente, consegui arranjar uma casa para os meus blogues.
Doravante (ah, é para isto que a pessoa escreve, para usar palavrões), o Perfeitamente Imperfeitinha — que, como devem saber, degenerou do seu mano mais velho inglês — tem um novo endereço: pt.freevolous.blog
A morada é nova, mas a franqueza e a estupidez mantêm-se, assim como o horário de publicação de vídeos: Domingos às 11 da matina, para abrir a pestana.
Bom, mas agora que tenho um pontoblogcoiso… tenho de ter vergonha na cara. Por isso, quero ver se começo a escrever mais artigos aqui. Por favor, obriguem-me.
Como? Passem por cá e manifestem-se, comentem, subscrevam o meu canal de YouTube, a página de Facebook (exclusiva para tugas!), dêem sugestões, falem-me dos vossos achados e do que gostariam de ver e ler aqui, do que querem ver-me barrar na cara, e sigam-me no Instagram para recortes da vida de uma actriz subempregada…
Isto não é um monólogo, pessoal! Falem comigo 🙂
P.S.: Acabei de me aperceber que o meu canal de YouTube tem 103 subscritores! Para alguns são meras migalhas, para mim é uma grande vitória. Obrigada a todos, do coração.