para o tal festival de dança que apresentei, onde tinha de criar looks que resistissem ao tempo e suor, fossem fáceis e rápidos de fazer, e, já agora, tivessem aquela alegria festivaleira que gosto de embandeirar quando a situação se proporciona…
a paleta MTHRSHP Diamond of the First Water está à venda por 71€, por tempo limitado. caidinha pelos vídeos do Instagram, tinha de experimentar em câmara na minha pele com textura e umas décadas de uso, sem filtros nem magias.
foi divertido experimentar as fórmulas muito especiais duma marca tão badalada, mas não foi uma viagem sem desafios.
as cores são muito bonitas e revelam-se na pele como aparecem na paleta. apesar de mais limitado, por causa da temática, ainda se conseguem alguns looks diferentes.
as sombras portam-se bem, esbatem-se com facilidade mas têm pigmentação, e podem intensificar-se com facilidade. o mate escuro, Plum Regalia, não se deu muito bem com o primer que usei – o que é menos mal, porque raramente uso primer. não gosto de fixar o primer com pó porque acabo por criar mais textura e perder intensidade de cor nas sombras, mas cada um tem a sua técnica. a sombra Astral (Regency Blue) é ao vivo muito mais seca/glitter solto e mais opaca do que pode parecer nas imagens. aconselho humedecer a sombra no pincel para aplicar com menos dispersão, e usar uma cola de glitter para estender a longevidade. as cores rosadas têm a dose certa de pigmento e densidade para terem bastante pigmentação mas poderem ser usadas como blush. o acabamento semi-acetinado é um extra muito bem-vindo. a sombra mais clara, Iconic Ingenue, é talvez a mais fraca do grupo: não tem muito brilho e acaba por dar um aspecto seco e textura à pele. em mim, não funciona como iluminador.
Nota: este vídeo foi filmado antes da invasão da Ucrânia. é uma situação profundamente perturbadora e tenho [temos, tantos] o coração em alvoroço e uma profunda sensação de impotência. por isso, quase não publiquei este vídeo. tudo me parece meio fútil e desprovido de sentido. no entanto, como pessoa que sofre de ansiedade crónica, sei o conforto que pode trazer um vídeo simples e leve em alturas em que a coisa parece demasiado para aguentar. reconheço-lhe a utilidade para muitos em tempos de aflição. já usufruí de muitas horas de escapismo quando a vida parecia demente. e, caramba, boa parte da minha vida dedica-se a prestar esse mesmo serviço. portanto aqui está. quem me segue no Instagram sabe que não falo só de arco-íris e laçarotes, batons e cremes. mas, para alguém que tropece neste post neste dia, saiba o que me esteve no peito.
é sempre o mesmo enigma: fizemos a nossa rotina de pele de manhã, aplicámos protector solar, fizemos a maquilhagem e vamos fazer-nos à vida… mas então e como reaplicar a protecção solar sem destruir por completo a obra de arte que fizemos?
antes de avançar: 1. estou a falar de reaplicar protecção solar num contexto de exposição ligeira a moderada, tipo fazer percursos no exterior, seja de carro, a pé ou de transportes, estar perto duma janela no trabalho, sair para almoçar… NÃO estou a falar de estar deliberadamente a grelhar ao sol. aí é reaplicar a quantidade certa como se não houvesse amanhã pelo menos a cada duas horas e depois de qualquer perturbação da película que o protector forma na pele (toalha, água, suor), e ficar à sombra/usar roupa com FPS durante as horas mais agressivas. 2. qualquer produto aplicado em cima da maquilhagem vai de alguma forma “interferir” na sua durabilidade/aspecto, mas não é nada que uns cotonetes e um pó ou corrector não resolvam (e são coisas que normalmente uma pessoa que se maquilha já traz consigo)
– é muito útil ter a pele o mais isenta de óleos possível, para isso eu estou a usar as blotting sheets da 3INA – mas qualquer papelito que absorva óleo da pele sem esfregar está óptimo.
um dos meus preferidos de entre a colecção de batons já lançados pela Lisa Eldridge, tem uma cor única e profundamente sofisticada mas despretensiosa. resolvi usá-lo num look subtil, monocromático (obviamente), prático e fácil de fazer em poucos minutos numa manhã atarefada – porque acho que este é um companheiro espectacular para todos os dias.
produtos mencionados:
Lisa Eldridge Velvet Lipstick em Velvet Decade – a loja abre poucas vezes por ano e são produzidas quantidades pequenas que esgotam com alguma facilidade, por isso convém subscrever a newsletter para que a oportunidade não se escape;
Becca Shimmering Skin Perfector Liquid em Opal – entristece-me ver esta marca ir-se embora, até porque gosto de várias coisas da marca. vamos recordar que, bem antes de os iluminadores de qualquer espécie serem moda, já a Lisa Eldridge falava deste produto específico (que mandava vir da Austrália!). foram precisos muitos anos para que os mundo percebesse do que ela estava a falar;
a brincar com cores frescas, duma paleta que andava para ali esquecida à espera de dias luminosos. este correu menos mal, por isso achei que não era péssima ideia partilhar.
todos os produtos de rosto são os usados no vídeo da semana passada.
já sabíamos que comprar uma paleta magnética e sombras individuais nos dava aquela sensação de sermos super pros, mas então e o resto da cara? e os cremes? estou a adorar criar as minhas próprias paletas de cremes e quero partilhar a experiência.
as paletas de que vou falar são em acrílico, a tampa sela bem e não verte de um compartimento para o outro, vêm em diversos tamanhos e com compartimentos de tamanhos e formas diferentes, onde podemos pôr quaisquer produtos (eu foquei-me nos em creme, mas também podem levar pigmentos ou missangas!): bases em stick, correctores em pote, sombras, batons… pode fazer-se paletas por tipo de produto e ter a colecção de batons ao alcance de um olhar, ou escolher produtos do início ao fim da rotina de maquilhagem e trazer “uma cara inteira” no bolso – a esta última só vai faltar rímel, pó e um produto para sobrancelhas, tornando-se no aliado perfeito para viajar. nem que seja só na bolsa da mala, até ao trabalho.
a minha rotina da manhã foca-se em manter a pele equilibrada em termos de produção de óleos, prevenir borbulhas e hiperpigmentação, e, claro, o stress oxidativo da vida.
a maioria dos séruns que uso são óptimos usados individualmente numa rotina mais minimalista, eu gosto de usar vários ao mesmo tempo só porque sim.
Uma marca independente, dirigida por uma mulher Negra. SIM! (e é vegan e cruelty-free)
Danessa Myricks é antes de tudo uma maquilhadora profissional – ponham-me os olhos naquele Instagram – e a linha de produtos que criou é, sem pejo, um veículo para as suas criações: altamente editoriais mas tangíveis, aspiracionais e arrojadas. Como rainha da pele luminosa (quase plastificada mas em bom), boa parte dos seus produtos menos vulgares são cremes e líquidos, aplicáveis em todo o rosto, em múltiplas texturas, acabamentos, funções e em todas as cores do arco-íris e mais algumas.
A marca é toda inclusividade, carácter, inovação e inovação, e usam o sorriso como símbolo de força, muito porque ainda não foi envenenada pelos tentáculos de alguma Super Evil Mega Greedy Corp™ deste mundo. Está crua, fresca, mas evolui na muita experiência da sua fundadora.
Exalando atitude e arrojo, é toda ela pálpebras glossy e cabelo despenteado, saltos altos e eyeliner neon, calças de cabedal-verniz e maçãs do rosto sumarentas. E eu só penso…
– mas isso derrete e mete-se nas rugas ou como é que é?
ao tentar encontrar conteúdo remotamente relevante nesta altura, lembrei-me de que há muita gente a trabalhar agora a partir de casa e a dar uso aos vídeo chats. e a descobrir como não abonam para a auto-estima duma pessoa. tanto a interrupção nas nossas rotinas como sentirmo-nos expostos duma forma que não nos favorece podem acrescentar alguma pressão nuns dias que já são chatos e estranhos e difíceis.
por isso este post vai para aqueles que querem manter alguns rituais e continuar a maquilhar-se apesar de não saírem de casa, e já agora a adaptar a coisa a esse bicho que é a péssima resolução dos chats em vídeo.